Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 vão realizar-se num momento de grande tensão social e política, tanto mais que este acontecimento internacional não é unanimemente aplaudido pelos franceses e, sobretudo, pelos parisienses, que sofrem diariamente com os inconvenientes das deslocações. Embora a cerimónia de abertura seja particularmente aguardada, pela primeira vez realizada fora de um estádio, poderá não correr como previsto, uma vez que o sindicato CGT Spectacle convocou uma greve para 26 de julho.
O sindicato que defende os artistas, o SFA-CGT, protesta contra as"desigualdades flagrantes de tratamento" entre os 3.000 artistas, bailarinos, músicos e actores recrutados para a cerimónia.Entre 250 e 300 bailarinos intermitentes foram recrutados em condições deploráveis, sem qualquer subsídio ou conhecimento do montante da transferência de direitos conexos", afirmaram à AFP.
Segundo consta, já alertaram a produtora para este problema, com alguns artistas a serem pagos e alojados, enquanto outros não o são, apesar de terem"os mesmos contratos de trabalho", e com diferenças de remuneração que podem ir até"1.610 euros". Este aviso aplica-se também aos próximos ensaios da cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos , a 28 de agosto.
Numa conferência de imprensa realizada na sexta-feira, 19 de julho de 2024, Maud Le Pladec, directora de dança das cerimónias de Paris 2024 e coreógrafa da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, reagiu da seguinte forma: "A questão da remuneração dos bailarinos afecta-me e preocupa-me muito. Paris 2024 está a trabalhar muito seriamente nesta questão, e há discussões importantes com os sindicatos".
Faltam apenas alguns dias para se chegar a um acordo. Para continuar...
Cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024: informações práticas, notícias, transmissões, o que precisa de saber
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