Criada desde os Jogos do Rio de Janeiro em 2016, a Equipa Olímpica de Refugiados permite aos atletas que fugiram do seu país de origem por diversas razões (segurança, contexto geopolítico, guerra...) e obtiveram o estatuto de refugiados, competir em provas dos Jogos Olímpicos, sob um estandarte neutro, com a efígie da bandeira olímpica.
Até à data, a equipa não tinha conquistado qualquer medalha, mas agora já o fez, com a pugilista Cingy Ngamba a conquistar uma bela medalha de bronze no boxe feminino, na categoria de 75 kg. Esta é a primeira medalha na história da equipa de refugiados, em apenas três edições dos Jogos Olímpicos de verão.
A jovem de 25 anos vive no Reino Unido e treina com a equipa britânica. Foi rejeitada pelo seu país e não pôde participar na delegação dos Camarões, de onde é originária, devido à sua homossexualidade: está a assinar os seus primeiros Jogos em Paris 2024.
Jogos Olímpicos de Paris 2024: as medalhas conquistadas pela equipa olímpica de refugiados nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris
Tendo desfilado sob a bandeira olímpica em duas edições dos Jogos Olímpicos de verão, a Equipa Olímpica de Refugiados permite aos atletas refugiados de alto nível competir em eventos sob uma bandeira multicultural. [Leia mais]
Apesar da deceção de perder para Athena Bibeichi Bylon (Panamá), o desempenho da pugilista foi histórico e muito encorajador para os atletas refugiados de todo o mundo. Durante a Cerimónia de Abertura, a jovem pugilista atraiu muitas atenções como porta-bandeira da sua delegação, elevando bem alto os valores do Olimpismo.