Fora das grandes cidades, o campo francês está na moda. Com Ozon e Guiraudie, em todo o seu esplendor outonal e fúngico, e com a jovem cineasta Louise Courvoisier, numa versão ainda mais provinciana.
Vinte Deuses será exibido nos cinemas a partir de 11 de dezembro de 2024.
Sinopse: Totone, de 18 anos, passa a maior parte do tempo a beber cerveja e a ir a bailes no Jura com os amigos. Mas a realidade apanha-o de surpresa: tem de tomar conta da irmã de 7 anos e encontrar uma forma de ganhar a vida. Por isso, meteu na cabeça a ideia de fazer o melhor queijo Comté da região, que lhe valeria a medalha de ouro no concurso agrícola e 30.000 euros.
Na sua primeira longa-metragem, Vingt Dieux (Vinte Deuses), que ganhou o Prix de la Jeunesse na secção Un Certain Regard do último Festival de Cannes, a realizadora instala a sua câmara na Borgonha-Franco-Condado, nas montanhas do Jura. São territórios raramente representados no ecrã, e uma certa França pela qual a realizadora demonstra uma ternura infinita.
Com uma alcunha simples, Totone (Clément Faveau, que merece a carreira que o espera), de 18 anos, passa a maior parte do tempo a beber cerveja e a ir a bailes no Jura com o seu grupo de amigos. Mas a realidade apanha-o de surpresa quando o seu pai, um queijeiro, sofre um acidente de viação fatal sob o efeito do álcool. Totone é obrigado a crescer: tem de tomar conta da irmã de 7 anos, levá-la à escola todas as manhãs na sua mota de motocross e encontrar uma forma de ganhar a vida.
Neste mundo rude e silencioso, onde não é boa ideia exprimir os sentimentos (não se derrama uma lágrima quando o pai morre), e apesar de o filme poder facilmente ter descambado para um drama agrícola ao estilo Strip Tease (o álcool é frequente entre os jovens e os mais velhos, para aliviar o tédio, a solidão e passar o tempo demasiado longo), Louise Courvoisier revela o apoio mútuo imutável destes jovens agricultores com os seus sotaques arrastados.
O realizador destaca a força de carácter destes filhos adultos, cheios de recursos, que se encontram à frente de grandes explorações agrícolas, como é o caso de Marie-Lise (Maïwène Barthelemy, atriz amadora e estudante de produção animal da BTS), que se levanta de madrugada para cuidar das suas vacas. E diz ao nosso jovem herói: "Porque não paras de chorar e tiras os dedos do cu?
Totone propõe-se fazer o melhor queijo Comté da região, aquele que lhe dará a medalha de ouro no concurso agrícola e os 30.000 euros que a acompanham. De repente, somos surpreendidos pelo processo algo mágico de fazer queijo num velho caldeirão de cobre - que se lixem as medidas de higiene -, pelo menos tanto como por esta história sem adornos mas cheia de alma.
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