Lançado nos cinemas em novembro de 2012, Argo é um thriller de espionagem realizado e protagonizado por Ben Affleck, com um argumento escrito por Chris Terrio. O filme, que ganhou oÓscar de Melhor Filme em 2013, é baseado numa ousada operação de exfiltração da CIA no auge da revolução iraniana de 1979. Com um elenco que inclui Bryan Cranston, John Goodman e o próprio Affleck no papel principal, Argo combina suspense intenso com eventos históricos reais, criando uma mistura emocionante de drama e tensão política. A chegada do filme ao Prime Video a 1 de outubro de 2024 é a oportunidade perfeita para (re)descobrir esta obra imperdível.
Em 4 de novembro de 1979, no auge da revolução iraniana, a embaixada dos Estados Unidos em Teerão foi tomada de assalto por militantes revolucionários. Cinquenta e dois americanos foram feitos reféns, dando início a uma crise internacional que duraria 444 dias. Mas, no meio do caos, seis diplomatas conseguem escapar e refugiar-se junto do embaixador canadiano, Ken Taylor.
Para evitar que sejam descobertos e executados, a CIA concebe um plano de exfiltração para os levar em segurança para fora do Irão. O especialista em operações clandestinas Tony Mendez (interpretado por Ben Affleck) concebe uma estratégia arriscada: fazer-se passar por uma equipa de produção cinematográfica canadiana, que se deslocou ao Irão para filmar um filme fictício de ficção científica chamado Argo. Com a ajuda de Hollywood e do governo canadiano, Mendez tem de levar a cabo esta missão aparentemente impossível, em que o mais pequeno passo em falso pode significar a morte dos seis refugiados.
Argo atrai um vasto público, desde os fãs de thrillers políticos até aos apaixonados por dramas históricos. Baseado numa história verídica, o filme irá agradar aos interessados em histórias de espionagem, crises internacionais e operações secretas. Com uma mistura de tensão palpável e momentos mais leves proporcionados pelas personagens de Hollywood interpretadas por John Goodman e Alan Arkin, o filme oferece um equilíbrio perfeito entre seriedade e humor.
O público que gostou de filmes como Todos os Homens do Presidente ou Zero Dark Thirty vai achar o enredo de Argo igualmente cativante, com a sua meticulosa reconstrução histórica. Além disso, a ideia rebuscada de utilizar a indústria cinematográfica como cobertura para uma missão de exfiltração confere ao filme uma originalidade surpreendente, reforçada pelo facto de se basear numa história verídica.
Argo é um thriller arrebatador, magistralmente realizado por Ben Affleck, que nos mergulha numa das mais tensas crises diplomáticas do século XX. Com uma realização de cortar a respiração e excelentes desempenhos, este filme vencedor de um Óscar continua a fascinar com a sua mistura única de suspense, realismo histórico e humor. Disponível no Prime Video a partir de 1 de outubro de 2024, Argo é um filme obrigatório para todos os fãs de drama eespionagem.
A nossa opinião sobre Argo (2012):
Ben Affleck tem gosto pelo suspense e, pela terceira vez consecutiva, prova que tem todo o talento necessário para este tipo de exercício. Em Argo, conta a história de como o agente da CIA Tony Mendes (interpretado por ele próprio) consegue contrabandear seis espiões americanos para fora do Médio Oriente. É a história de exfiltração mais improvável alguma vez contada. É também o cenário de ficção científica mais bem explorado alguma vez levado ao ecrã.
Ben Affleck centra-se num episódio de 1979 que tem tanto de extraordinário como de exemplar. Porque as implicações políticas eram demasiado grandes na altura, os detalhes deste caso foram mantidos em segredo até Bill Clinton estar no poder. Inspirado em factos reais, o filme revela o resgate destes seis americanos graças a uma manobra "cinematográfica-política".
O filme começa com uma breve cronologia do Irão. Pára no dia 4 de novembro de 1979, diante dos portões da embaixada dos Estados Unidos em Teerão. Os funcionários são feitos reféns por activistas. Seis pessoas conseguem escapar e refugiar-se junto do embaixador canadiano. A CIA concebe um plano excêntrico para os levar de volta aos Estados Unidos antes de serem descobertos e mortos. A ideia: fazer um filme falso. Para tornar credíveis as filmagens no Irão, são utilizados todos os meios: guião, actores, promoção... Tony Mendes tinha então de se deslocar ao local, fazer crer às autoridades que os seis diplomatas pertenciam à equipa de filmagem e regressar com eles. Nunca visto, nunca ouvido. Um projeto que terá de ser defendido não só perante o governo americano, mas também perante os interessados.
Se a mente fértil de um realizador tivesse inventado uma história como esta, o filme teria sido considerado rebuscado. A veracidade dos factos dá ainda mais força à tensão criada por Ben Affleck. Tanto o realizador como o ator transmitem a dimensão do papel desempenhado pelo agente no desfecho da situação: os riscos que corre por estes civis e por si próprio. São as questões humanas, mais do que as questões políticas, que se destacam. Mesmo que o pano de fundo seja inseparável do seu contexto histórico, Argo é sobretudo interessante por esta mise en abyme. Chega-se mesmo a esperar que certos filmes tenham sido inicialmente fomentados para servir outras necessidades que não as cinematográficas.
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