Sonia Rubinsky apresenta o seu Recital Goldfingers na Salle Cortot a 8 de novembro de 2024

Por Communiqué Sponsorisé · Publicado em 14 de outubro de 2024 às 16h20
Sonia Rubinsky, a pianista multi-premiada (nomeada para o Latin GRAMMY, ICMA Award 2019, William Petschek Award, entre outros) conhecida pelas suas obras completas para piano de Villa-Lobos, apresenta o seu último CD Goldfingers no cenário ideal e histórico da Salle Cortot. O programa interpretado pela virtuosa pianista incluirá peças de W.A Mozart, L.v Beethoven, C. Debussy, H. Villa-Lobos e S. Rachmaninov, criando um fresco sonoro cuja variedade não deixará de encantar o ouvinte. Não os perca no dia 8 de novembro de 2024 na Salle Cortot!

Um pianista itinerante

Vencedora do Latin GRAMMY® Award, indicada para o Prêmio ICMA, vencedora do"Melhor Recital do Ano" pela Associação Paulista de Críticos de Arte, do Prêmio William Petschek na Juilliard School e do Primeiro Prêmio no International Artists Competition em Nova York, Sonia Rubinsky é uma "pianista profunda e refinada que não se deixa levar pela ostentação. O seu Mozart é articulado, não menos lilting e claro do que o de Perahia ou Uchida. O seu Scarlatti demonstra um controlo imperial do tom. Tal como os seus compatriotas, os falecidos Guiomar Novaes e Nelson Freire, ela tem um génio para a cor que a torna uma intérprete ideal de Debussy e Messiaen.

- Libération

Nascida no Brasil, filha de mãe polaca e pai lituano, Sonia Rubinsky iniciou os seus estudos musicais no Conservatório Musical de Campinas com Olga Rizzardo Normanha. Deu o seu primeiro recital aos 5 anos e meio de idade e aos 12 anos já se apresentava como solista com orquestra. Para aprofundar sua formação, foi estudar na Academia Rubin, em Jerusalém.

Aos 16 anos, tocou em frente a Arthur Rubinstein no filme "Arthur Rubinstein em Jerusalém", que admirou o seu temperamento forte. Incentivada por este mestre extraordinário, doutorou-se na Juilliard School de Nova Iorque e actuou em salas de concerto de prestígio como o Carnegie Hall, Alice Tully Hall, Bargemusic, Merkin Concert Hall, Miller Theatre, Hertz Hall em Berkeley, Maison de la Radio, Sala São Paulo e Teatro Municipal de São Paulo, Recanati Hall, Cadogan Hall em Londres e AGA-Zaal nos Países Baixos.

A sua discografia multipremiada (Latin GRAMMY Award, nomeação para o ICMA Award, Editor's Choice, para citar apenas alguns) foi aclamada pela crítica (Le Monde de la Musique, Diapason, Gramophone, BBC Music Magazine, ClassicsToday, entre outros). Inclui gravações de obras de Bach, Debussy, Messiaen, Scarlatti, Mozart, Almeida Prado, Jorge Liderman, Gabriela Lena Frank, Mendelssohn e Rachmaninov, além da obra completa para piano solo de Villa-Lobos.

Desde 2011, Sonia Rubinsky é a Artista em Residência de Murray Perahia no Aldwell Center e no Jerusalem Music Center.

Mais informações

O programa noturno

W.A Mozart Sonata K282

L.v Sonata de Beethoven Opus 109

C. Debussy Cantinho das crianças

H. Villa-Lobos Excertos de Carnaval das Crianças

Kreisler/Rachmaninov Liebesleid

Bilhetes


Goldfingers, apresentação dodisco de Irineu Perpétuo

O título deste álbum é uma homenagem à chamada Idade de Ouro do piano. Esta homenagem é feita de várias formas. Uma delas é um tipo de atuação que rejeita a estandardização impessoal. Cada pianista dessa época deixou a sua própria marca individual, a sua própria forma de tocar - única, virtuosa, pessoal e colorida, com muitos riscos assumidos em palco.

A outra é a própria escolha do repertório. Antes da especialização imposta pelo surgimento dos concursos de piano e pelas exigências da indústria discográfica, os pianistas actuavam como conservadores de um vasto museu musical, oferecendo ao ouvinte uma viagem através de séculos de história, do século XVIII ao século XX.

O programa de gravação de Sonia Rubinsky funciona como um recital, desenrolando-se por ordem cronológica. E começa com um dos primeiros virtuosos do teclado, o austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Um prodígio que seduziu as principais capitais europeias com os seus talentos pianísticos desde tenra idade, Mozart escreveu as suas primeiras sonatas para piano aos 18 anos, em 1774, quando se encontrava em Munique para a estreia da sua ópera cómica La Finta Giardiniera. Rubinsky escolheu a quarta, em Mi bemol maior, K. 282. A calma e a leveza são os afectos predominantes da obra, fazendo-se sentir desde o Adágio inicial, passando pela melodicidade simples do par de minuetos que constituem o seu andamento central, até se transformarem na agilidade do Allegro final.

Das subtilezas do classicismo mozartiano, passemos ao homem que deu origem à tradição dos pianistas-compositores do século XX: o russo Sergei Rachmaninov (1873-1943). Se normalmente associamos a era do modernismo a rupturas, vanguardas e experimentalistas que poderiam levar a um confronto aberto ou a uma negação do sistema tonal, Rachmaninov representa sobretudo a continuidade da estética do século XIX, interessada na comunicação direta com o ouvinte, nas melodias líricas, na harmonia tonal e num piano herdado de Chopin, Liszt e do seu compatriota Tchaikovsky. (...)

Pouco depois da Revolução de 1917, Rachmaninov deixou a Rússia. No Ocidente, dedicou-se principalmente à sua carreira de pianista, compondo menos e efectuando revisões das suas obras anteriores. Disse uma vez: "Olho para as minhas primeiras obras e vejo o quanto nelas há de supérfluo. Mesmo nesta sonata, há muitas vozes a moverem-se simultaneamente, e é demasiado longa".

Em 1931, o compositor produziu uma versão reduzida e relativamente simplificada da sonata. Sentindo que algo havia se perdido na revisão da obra, o virtuose Vladimir Horowitz, um dos grandes nomes da Era de Ouro do piano e compatriota e amigo de Rachmaninov, tentou fundir os dois textos, produzindo uma nova versão em 1943 que desfazia alguns dos cortes feitos pelo compositor. Também em busca da grandeza original de Rachmaninov, a gravação de Sonia Rubinsky baseia-se na versão original de 1913 da sonata.

Se considerarmos este álbum como um recital, após a Sonata de Rachmaninov vem o intervalo. Ouvimos então uma peça que é cronologicamente contemporânea da Sonata (estão separadas por apenas cinco anos), mas que remete para um pianismo absolutamente diferente. Aluno de Mauté de Fleurville (sogra do poeta Paul Verlaine), que também se afirmava discípulo de Chopin, Claude Debussy (1862-1918) assumiu, depois do compositor polaco, o gosto pela suavidade. (...)

Ao escrever Children's Corner em 1908, Debussy não recorreu, aparentemente, às memórias da sua infância atribulada, filho de um dono de uma loja de porcelana falida e de uma costureira, na altura da derrota do seu país na Guerra Franco-Prussiana. O que mais o comoveu foi a experiência transformadora da paternidade. A partitura tem a seguinte dedicatória: "Ao meu querido pequeno Chouchou, com as ternas desculpas do teu pai pelo que se segue".

(...) Tal como as Kinderszenen de Schumann, esta não é uma obra para crianças, mas sim uma partitura para pianistas profissionais, evocando um mundo infantil. A viagem entre os exercícios técnicos ao teclado(Doctor Gradus ad Parnasum) e o mundo do ragtime(Golliwogg's Cakewalk, com uma subtil e mordaz alusão a Tristão e Isolda de Wagner) inclui a menção a um elefante do jardim zoológico de Paris(Jimbo's Lullaby), a serenata de uma boneca de porcelana(Serenata para a Boneca, com escalas pentatónicas a marcar a sua origem chinesa), uma descrição impressionista da queda de neve(A Neve Dança) e a sugestão do instrumento pastoral por excelência, a flauta(OPastorinho).

Isto marcaria o fim do recital - após o qual, naturalmente, viria o encore. Não era invulgar que os pianistas do Século de Ouro incluíssem as suas próprias transcrições. Rachmaninov era um parceiro de música de câmara do violinista vienense Fritz Kreisler (1875-1962), com quem gravou. Transcreveu para piano solo uma das peças mais famosas, melódicas e nostálgicas do seu amigo: a valsa Liebesleid (Tristeza de Amor). Horowitz inspirou-se no ambiente cigano da ópera Carmen (1875) do francês Georges Bizet (1838-1875) para um encore em que tudo é brilho e virtuosismo. (...) Horowitz mobiliza todos os recursos do teclado para caraterizar a insolência e a sensualidade de Carmen, levando o pianista a correr riscos extremos que nos lembram cada vez que a personagem da ópera está sempre no fio da navalha, à beira do abismo.

Ouvir Sonia Rubinsky no Spotify

Última revisão de GOLDFINGERS (Libération)

[disque] "O novo Rubinsky chegou, e é mais uma lição de piano. O programa inclui a Quarta Sonata de Mozart, cantada com a simplicidade e a naturalidade de Backhaus, seguida da Segunda de Rachmaninov, em que o músico emprega uma variedade surpreendente de cores, dinâmicas e planos sonoros sem nunca perder de vista a direção ou a linha. Voltamos a Debussy, com o Canto das Crianças, em que o brasileiro domina a alquimia da ironia apressada e da melancolia caprichosa; uma pitada de nostalgia Mitteleuropa com a Liebesleid cintilante de Kreisler, e já há champanhe: as temíveis Variações sobre um tema de Carmen, de Horowitz, soberanamente articuladas e equilibradas. Como nenhum outro hoje. "

CD teaser


Eles gostaram...

Alguns comparam o seu estilo pianístico com o de Eugene Istomin ou Wilhelm Kempff, outros elogiam o seu Mozart simples e calmo "que respira e canta", outros ainda admiram a sua "técnica clara" e "fraseado elástico", a "delicadeza infinita" das suas Estampes de Debussy, a "sofisticação musical" dos seus Regards de Messiaen e o "toque poderoso, quase férreo" do seu Villa-Lobos. O New York Times, que regularmente relata as suas actuações no Carnegie Hall, chegou mesmo a descrevê-lo como "excecionalmente poderoso e preciso". LIBERTAÇÃO

"... A pianista Sonia Rubinsky possui uma técnica fenomenal, uma paleta de cores incomensurável e um temperamento irreprimível. Ela faz lembrar a sua colega Martha Argerich". KLASSIK.COM

"Constantemente exato.... Imediatamente sedutor com a sua elegância atrevida." QOBUZ

"Que temperamento! ARTHUR RUBINSTEIN

"Um verdadeiro talento, um sentido artístico, uma técnica pianística refinada". LEON FLEISHER

"Um talento excecional" JAN EKIER

"...impacto visceral e excitação virtuosa.... Grande desempenho... incansável energia nervosa.... Grau invulgar de potência e precisão.... sonoridades brilhantes.... energia esplêndida e ardente... capaz de lirismo... velocidade de cortar a respiração, energia alegre." THE NEW YORK TIMES

"O pianista exibe uma vitalidade notável que não impede as mais finas nuances quando necessário". O MUNDO DA MÚSICA

Bilhetes

Crédito da fotografia: Lyodoh Kaneko

Informação prática

Datas e horário de abertura
Dia 11 de novembro de 2024

× Horários de abertura aproximados: para confirmar os horários de abertura, contactar o estabelecimento.

    Localização

    78 Rue Cardinet
    75017 Paris 17

    Planeador de rotas

    Página do Instagram
    @soniarubinsky

    Mais informações
    Chegada recomendada 19h30 Reserva recomendada Preços: 20 euros, concessões 10 euros, pagamento aceite no local sujeito a disponibilidade, dinheiro (apenas bilhetes) e cartão de crédito.

    Discos à venda após o concerto (preço: 20 euros).

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