Paris operária dos anos 70: a exposição de fotografias da galeria Roger-Viollet - últimos dias!

Como era Paris nos anos 70? Graças à magia da fotografia e ao talento de François-Xavier Bouchart e Léon Claude Vénézia, podemos descobrir. Os dois artistas são o foco de uma nova exposição gratuita na galeria Roger-Viollet, patente de 7 de março a 8 de junho de 2024.

A galeria convida-o a vir admirar cerca de sessenta fotografias que retratam a Paris operária dos anos setenta. Uma Paris viva, colorida, atípica, que se revela através das imagens expostas.

Entre 1965 e 1975, François-Xavier Bouchart e Léon Claude Vénézia percorreram toda a capital, imortalizando os seus bairros. Mais concretamente, os bairros de Belleville e Ménilmontant, no 20º arrondissement. Na altura, estes dois bairros muito operários eram principalmente habitados por operários, imigrantes e trabalhadores humildes. Foi também durante este período que foram efectuadas grandes obras e remodelações, para renovar as habitações insalubres e dar um pouco de prestígio a estes bairros desfavorecidos.

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Antes de morrerem, os dois fotógrafos propuseram-se captar a essência e a alma das ruas parisienses que inspiraram tantos artistas. Crianças a brincar nos parques e nas ruas, jovens que se reúnem, trabalhadores nas esplanadas dos cafés, fachadas de lojas, cenas da vida quotidiana, casas e jardins modestos, pátios: todos os pormenores que fazem a vida de um bairro são captados pelas suas câmaras, preservados para manter viva a memória desta Paris operária.

As imagens pitorescas contam as pequenas histórias de uma aldeia cheia de vida e de cultura. Este cantinho de Paris foi o ponto de encontro de muitos imigrantes. Um tempo não muito distante: se conhece Ménilmontant e Belleville, poderá recordar paisagens da sua infância. Nestas fotografias, as habitações precárias e as condições de vida difíceis quase se desvanecem, por detrás das brincadeiras das crianças e das personagens atípicas que poderá ter encontrado nestas ruas.

Com esta exposição, a galeria Roger-Viollet faz-nos recuar no tempo até à época dos nossos pais e avós, à Paris que inspirou a obra de Daniel Pennac, Robert Doisneau, Albert Lamorisse e François Truffaut...