Ilusões (conjugais) perdidas: a exposição sobre o casamento na Maison de Balzac

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No seu tempo, o casamento era, na maior parte das vezes, uma união arranjada, uma convenção determinada por considerações sociais e financeiras, que geralmente tinha um impacto austero sobre as mulheres. Em La Comédie Humaine, as mulheres dividem-se em quatro categorias: as esposas ou as jovens a casar, as jovens cujo estatuto precário as obriga a procurar um protetor, as prostitutas ou as mulheres demasiado velhas ou desgastadas pelo seu trabalho.

Tal como os caricaturistas da época, entre os quais Victor Adam, Honoré Daumier e Émile-Charles Wattier, faz uma crítica irónica do casamento, evocando o desequilíbrio desta união, casais com diferenças de idade muitas vezes significativas, casamentos que se assemelham mais a contratos do que a relações amorosas, mas também o adultério e a desigualdade entre homens e mulheres perante a lei. Não faltam temas para dar muito que escrever aos autores e aos cartoonistas!

Embora o tom seja humorístico, é inequívoco na sua denúncia da autoridade patriarcal e do sofrimento do casamento para as mulheres devido aos conflitos domésticos.