Os números falam por si. Em média, 3,4 alunos por turma, do CP ao CM2, chegam à escola com fome. As razões são muitas (falta de tempo ou de apetite, stress, razões económicas, etc.), mas os factos estão à vista e prejudicam a aprendizagem das crianças. Por isso, o governo está determinado a combater a precariedade e a desigualdade na educação. Como é que o vai fazer? Através da redistribuição do "pequeno-almoço escolar gratuito". Foi o que o executivo anunciou à AFP.
Lançada há dois anos, mas abrandada devido à crise sanitária, esta medida faz parte do plano de combate à pobreza anunciado em 2018 pelo Presidente francês. Até à data, o dispositivo destinava-se a"zonas prioritárias". Assim, de acordo com os gabinetes dos Ministérios da Saúde e da Educação Nacional, cerca de 153.000 alunos puderam beneficiar em 2019-2020.
Esta terça-feira, 16 de março de 2021, os ministros Olivier Véran e Jean-Michel Blanquer deverão visitar uma escola em Val-d'Oise, na Ilha de França, para anunciar uma redistribuição maciça do plano "pequeno-almoço gratuito na escola". De acordo com Le Figaro, o executivo pretende alargar o âmbito das escolas elegíveis para este famoso programa. A partir de agora, o governo utilizará oIndicador de Posicionamento Social (IPS) para determinar as escolas que beneficiarão do plano. Este instrumento fornece uma medida quantitativa da situação social dos alunos. O objetivo? Chegar a "mais escolas rurais ou órfãs ", disse um membro do governo à AFP.