Igreja de Saint-Paul-Saint-Louis, no bairro do Marais

A Eglise Saint-Paul-Saint-Louis, no bairro do Marais, é um lugar que nos leva de volta à história de Paris. Com a sua imponente cúpula e as pinturas de Delacroix nas paredes, é um local de visita obrigatória no 4º arrondissement.

Perto da Place des Vosges, aEglise Saint-Paul-Saint-Louis merece uma paragem para descobrir a sua história e arquitetura. Sobretudo porque a igreja foi completamente renovada em 2012 e recuperou a sua antiga glória.

Se esta igreja lhe diz alguma coisa, é porque provavelmente já leu Os Miseráveis de Victor Hugo, e lembra-se que é nesta igreja que Cosette e Marius se casam. Foi também nesta mesma igreja que a infame filha de Victor Hugo, Leopoldine, se casou em 1843. Para assinalar a ocasião, Hugo doou à igreja duas fontes de água benta, que ainda hoje lá se encontram.

Construída entre 1627 e 1641, esta foi a primeira igreja jesuíta de Paris a ser financiada por Luís XIII e a primeira a abandonar o estilo gótico tradicional pelo barroco. Em 1762, os jesuítas foram expulsos por Luís XV e a igreja foi confiada ao clero local.

A igreja de Saint-Paul-Saint-Louis tornou-se rapidamente um dos edifícios religiosos mais importantes de Paris. Foi o Cardeal de Richelieu que inaugurou o local, e Madame de Sévigné, que foi baptizada na igreja, veio ouvir muitos sermões nos seus bancos.

Durante a Revolução Francesa,Saint-Paul-Saint-Louis tornou-se um armazém de livros e muitas das suas riquezas foram saqueadas. Os relicários que continham os corações de Luís XIII e Luís XIV foram derretidos. No século XIX, o arquiteto Victor Baltard foi encarregado de restaurar o edifício em estilo barroco flamengo. Foi ele o responsável pela bela fachada exterior (impossível de perder!) e pelo imponente portal cinzelado. Em 1887, a igreja foi classificada como monumento histórico.

No interior, aimpressionante cúpula, que foi uma das primeiras e uma das maiores a ser construída em Paris, banha-nos com a sua luz. Mais tarde, inspiraria a construção de outras cúpulas, como a da Sorbonne, a do Val-de-Grâce, a dos Invalides e a das igrejas jesuítas em geral.

Há também umapintura de Eugène Delacroix, Cristo no Jardim das Oliveiras, e a estátua La Vierge de Douleur, de Germain Pilon, que é imperdível.

Um lugar que nos leva de volta à história de Paris.