A questão tinha surgido após as últimas eleições legislativas, em que o partido deEmmanuel Macron não conseguiu obter a maioria. No entanto, acabaram por ser necessários mais dois anos para que o Presidente da República dissolvesse aAssembleia Nacional no domingo, 9 de junho de 2024. Após uma vitória histórica do Rassemblement National com mais de 30% nas eleições europeias, o chefe da nação decidiu, num discurso, convocar novas eleições legislativas para 30 de junho e 7 de julho de 2024.
"Após as consultas previstas no artigo 12º da nossa Constituição, decidi devolver-vos a escolha do nosso futuro parlamentar através do voto. Por conseguinte, dissolvo esta noite a Assembleia Nacional. Dentro de alguns instantes, assinarei o decreto de convocação das eleições legislativas" , declarou, apelando aos franceses para que regressem rapidamente às urnas. Isto em resposta a Jordan Bardella, presidente do RN, que tinha pedido, após a sua vitória,"para tomar nota desta nova situação política e organizar novas eleições legislativas".
Nos termos do artigo 12º da Constituição, as eleições legislativas devem realizar-se"num prazo mínimo de vinte dias e máximo de quarenta dias após a dissolução" . A lista liderada pela maioria presidencial obteve 15% dos votos, muito próximo do resultado do PS liderado por Raphaël Glucksmann com 14%, seguido de La France Insoumise e Manon Aubry, com cerca de 10%, de acordo com as primeiras estimativas.
