A compostagem será em breve obrigatória para todos em França? A partir de 1 de janeiro de 2024, a triagem dos resíduos biológicos na origem será obrigatória em todo o país. Até essa data, todos os lares deverão dispor de uma solução prática de triagem dos resíduos orgânicos e deverão depositar num contentor especial os resíduos biodegradáveis provenientes de restos de cozinha e de jardim, tais como cascas de legumes e de frutas, restos de comida, flores murchas, borras de café, etc.
. Como explica o Ministério da Ecologia, os biorresíduos representam um terço dos resíduos residuais dos franceses. O Ministério adverte que "a deposição em aterro dos bio-resíduos é uma fonte de emissões de gases com efeito de estufa ", ao mesmo tempo que explica que "a valorização orgânica através da compostagem, da aplicação no solo ou da metanização permite devolver a matéria orgânica bruta ao solo ou transformá-la num material recuperável, composto ou digerido, adaptado às necessidades agronómicas do solo ".
É por isso que, desde 2012, qualquer pessoa (empresas de espaços verdes, supermercados, indústrias agro-alimentares, cantinas, etc.) que produza ou detenha uma grande quantidade de bio-resíduos é obrigada a separar esses bio-resíduos e a reciclá-los através de métodos adequados, como a metanização ou a compostagem. Até à data, apenas um terço dos lares franceses dispõe de um contentor de compostagem.
"Em resultado das alterações na regulamentação europeia e da lei antidesperdício de 2020 daí resultante, a separação na origem dos bio-resíduos será obrigatória em França a partir de 1 de janeiro de 2024 para todos os particulares, autarquias locais e empresas industriais, independentemente da quantidade de bio-resíduos produzidos.
A lei francesa de transição energética para o crescimento verde prevê a generalização da separação na fonte dos biorresíduos para todos os produtores de resíduos "para que cada cidadão tenha à sua disposição uma solução que lhe permita evitar deitar os seus biorresíduos no lixo doméstico residual, para que possam ser reciclados em vez de eliminados ", afirma o Ministério.
