A C&A tenciona encerrar várias das suas lojas na região de Île-de-France. Esta medida faz parte de um plano de reestruturação destinado a melhorar a competitividade da marca num mercado de vestuário em dificuldades. De acordo com o sítio Web da LSA, descubra quais as lojas susceptíveis de serem afectadas na região parisiense.
De referir ainda que 57 "corners" em França, dedicados à marca C&A e integrados nas lojas Carrefour, Intermarché e Auchan, também cessarão a sua atividade.
A C&A é uma empresa de pronto-a-vestir fundada em 1841 pelos irmãos holandeses Clemens e August Brenninkmeijer. Inicialmente especializada na venda de têxteis, a marca rapidamente se impôs na Europa graças a um modelo de distribuição inovador para a época: oferecer vestuário de qualidade a preços acessíveis a um vasto público. Ao longo das décadas, a C&A adaptou-se à evolução da moda e das tendências de consumo, desenvolvendo uma rede de lojas internacionais, nomeadamente na Alemanha, no Reino Unido e em França. Atualmente, a marca aposta na moda sustentável, com colecções concebidas de forma mais responsável, incorporando materiais como o algodão orgânico e processos de fabrico éticos.
Atualmente, a C&A enfrenta dificuldades principalmente devido ao aumento da concorrência no sector da moda, em especial dos gigantes da fast fashion como a Zara, a H&M e a Primark, que oferecem colecções que se renovam muito rapidamente a preços competitivos. A marca está também atrasada na sua transição digital, com uma presença em linha menos eficaz do que a dos seus concorrentes. Além disso, a imagem de marca da C&A, considerada antiquada, tem dificuldade em atrair as gerações mais jovens, que são mais sensíveis à experiência do cliente e aos compromissos ecológicos. Por último, a crise da Covid-19 e as mudanças nos hábitos de compra enfraqueceram o modelo de negócio dos seus pontos de venda físicos, levando ao encerramento e reestruturação de lojas em vários países europeus. A decisão da C&A de encerrar estes pontos de venda em França, em particular na região de Paris, reflecte os desafios que o sector do pronto-a-vestir enfrenta, incluindo o aumento da concorrência da moda rápida e das plataformas em linha. Estes encerramentos surgem na sequência de uma série de reestruturações no sector, afectando também outras marcas de moda.
Estes encerramentos terão consequências significativas para os trabalhadores das lojas em causa, prevendo-se a perda de postos de trabalho. Os clientes fiéis destas lojas terão de recorrer a outros pontos de venda ou optar pelas compras em linha para continuarem a ter acesso aos produtos da marca.
Este anúncio sublinha as dificuldades persistentes do mercado francês do vestuário e a necessidade de os retalhistas tradicionais se adaptarem aos novos hábitos de consumo.