Desde há vários meses, os sindicatos e o povo francês têm vindo a organizar greves e manifestações para protestar contra o projecto de lei de reforma das pensões actualmente em debate no Parlamento. Estes movimentos sociais não parecem estar a enfraquecer com o tempo: a 11 de Março de 2023, o sindicato SUD Educação declarou num comunicado de imprensa o seu desejo de continuar a luta:" Chegou o momento de reforçar o equilíbrio de poder, num quadro interprofissional, a fim de obter a retirada do projecto de reforma das pensões.O sector da educação deve desempenhar o seu papel: uma forte mobilização por ocasião dos exames contribuiria para este endurecimento.
As greves e manifestações poderiam, portanto, continuar num futuro próximo. De facto, já foram feitos apelos à greve para a semana de 20 de Março. Mas esta semana é também a semana dos exames de especialidade do baccalauréat, para os estudantes do ensino secundário. Então o que acontece se os candidatos ao baccalauréat não puderem assistir a estes exames, ou se chegarem atrasados?
Uma greve causa muitas perturbações na vida quotidiana, especialmente nos transportes públicos. Estas greves são anunciadas com antecedência, pelo que as chegadas tardias são aceites, mas não as ausências. Se houver problemas com o transporte, é aceite um atraso máximo de uma hora. O teste é então prolongado pelo tempo perdido. Se o aluno se atrasar mais de uma hora, é considerado ausente e, portanto, recebe um 0/20.
A ausência nos exames de bacharelato só é aceite sob determinadas condições, e isto não inclui uma greve. Os candidatos podem declarar-se ausentes em caso de doença ouacidente, mediante a apresentação de um atestado médico, e em caso de morte na família, com um atestado adequado como prova.
Deve notar-se que não há direito à greve para os alunos do ensino secundário, mas estes devem respeitar a obrigação de assistir às aulas. Um aluno não pode, portanto, entrar em greve para evitar os seus testes de bacharelato.
