Todos os clubes de jogo de Paris ameaçados de encerramento a 1 de janeiro de 2025

Há mais de um século que não existem casinos em Paris. Uma lei de 1919 proibiu os jogos de azar num raio de 100 quilómetros de Paris - as primeiras leis restritivas na matéria invocavam a necessidade de proteger os trabalhadores com baixos rendimentos de perderem o seu dinheiro e as ligações estreitas entre estes estabelecimentos e as organizações criminosas.

Ao longo dos anos, as leis foram sendo flexibilizadas. Os círculos de jogo (que mais tarde se tornaram clubes de jogo) foram permitidos durante algum tempo, antes de também serem proibidos em 2017, na sequência de numerosas histórias de branqueamento de capitais, desvio de fundos e corrupção.

Em 2018, Emmanuel Macron autorizou, a título experimental, a abertura de vários clubes de jogo na capital (os clubes podem oferecer jogos de mesa, mas não slot machines). Até à data, existem sete: o Clube Barrière, o Clube Paris Élysées, o Clube Montmartre, o Clube Punto, o Clube Circus Paris, o Clube Impérial Paris e o Clube Pierre Charron.

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A experiência deveria ter terminado em 2020, mas foi prolongada até 2022 e depois até ao final de 2024... O projeto de lei das finanças apresentado por Michel Barnier à Assembleia Nacional previa uma nova prorrogação desta autorização, antes de tornar permanente a autorização dos clubes de jogo em Paris em 2026. O projeto de lei foi rejeitado e o Primeiro-Ministro foi obrigado a apresentar a sua demissão ao Presidente da República. Por conseguinte, o futuro dos clubes de jogo foi suspenso.

Sem autorização para continuar a funcionar, os clubes de jogo parisienses terão de fechar as portas a 1 de janeiro de 2025, segundo uma notícia do Les Echos, confirmada pela BFM Business. O Ministério do Interior terá informado os clubes deste encerramento no início de dezembro.

Nas colunas do Ouest France, Grégory Rabuel, presidente do grupo Barrière, confessa o seu espanto. "Pedimos ao futuro governo que encontre uma solução o mais rapidamente possível ", insiste o dirigente, que teme que muitos empregados tenham de ser despedidos. Vários clubes pediram ao executivo que instaurasse o trabalho a tempo reduzido para os trabalhadores afectados pelos encerramentos, enquanto se aguarda a tomada de posse do próximo governo e a adoção de uma nova lei de finanças.

O jogo comporta riscos: dívidas, isolamento, dependência. Para obter ajuda, ligue para 09 74 75 13 13 (chamada gratuita)