Com a sua grande esplanada amarela e luminosa, o Sapinho é difícil de perder. Escondido numa pequena praça da Butte Montmartre, este restaurante português tem feito as delícias dos habitantes locais desde a sua abertura há três anos, impulsionado pelo desejo do fundador Rafael dos Santos de honrar as suas raízes portuguesas.
O nome ("sapinho" ) é uma homenagem ao seu avô, que era apelidado de "sapo" na sua aldeia natal, Parada, no distrito de Bragança. Também a decoração se assemelha à de uma taberna tradicional portuguesa, no seu estilo original mas contemporâneo, com azulejos nas paredes, calçada no chão e loiça de terracota nas mesas.
Das suas origens - vem de uma família de agricultores e viticultores - Rafael deriva também o seu amor pelos produtos bonitos e bons, do mar e da terra. É uma visão nobre da cozinha que partilha com a chef do restaurante, Rachel Fontanier, que imagina uma cozinha familiar que respeita as estações e a terra - conhecimentos adquiridos durante a sua passagem por uma quinta de permacultura no Alentejo, em Portugal.
Se os legumes biológicos são locais e o peixe provém de uma pesca portuguesa sustentável, os restantes produtos também têm uma origem perfeita. E que melhor maneira de ter a certeza de obter produtos de alta qualidade do que recorrer ao círculo familiar? Os queijos artesanais são importados por um primo de Rafael, tal como os enchidos (a alheira, feita com pão, aves, azeite e alho; e o butelo, um enchido de ossos fumados), que vêm de outro primo em primeiro grau.
Ao jantar (almoço e jantar apenas aos sábados), o ambiente no Sapinho é de boa disposição, com bandos de amigos felizes por se encontrarem com um copo de bom vinho. O vinho é o segundo pilar desta pequena taberna de 28 lugares, com cerca de cinquenta vinhos portugueses e franco-portugueses nas prateleiras. Os cocktails são também tingidos com sabores da Terra dos Cravos, como este Porto Tónico feito com vinho do Porto branco seco, tónica e um toque de limão.
Há muitas descobertas a fazer no prato, como este prato de bacalhau em lascas (23 euros), típico de Portugal, misturado com cebola confitada, azeitonas e batatas cozidas a vapor com um sabor semelhante ao rösti; ou este diabólico guisado de feijão branco (22 euros) ao estilo de um cassoulet, com pernil de vitela, porco assado e delicioso chouriço português.
Impossível não provar os pastéis de bacalhau aéreo, que vêm em três à mesa (9€), o best-seller do restaurante desde a sua abertura e que não vai sair da carta tão cedo. Há ainda o bolo de batata-doce da Madeira (8€), para terminar a refeição com um toque de rum.
Para além do seu menu, que muda com as estações, o Sapinho traz um pouco de Portugal a Paris ao longo do ano, celebrando grandes festividades portuguesas como as Festas dos Santos Populares em junho - quando as sardinhas são grelhadas ao quilo -, os churrascos de domingo em setembro e a festa da castanha em novembro.
Quanto ao outro endereço do proprietário, L'Escalier, 2025 parece estar repleto de novos desenvolvimentos, por isso fique atento para descobrir o que Rafael dos Santos tem reservado para si!
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